Paulo César Olmedo de Almeida
A natureza cobra sua parte
Paulo César Olmedo de Almeida
Engenheiro civil
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O respeito pela natureza era o que cultivávamos antigamente, quando nossos pais cobriam os espelhos da casa, não usavam talheres de metal e tomavam outros cuidados nos dias de temporal, principalmente quando tinham trovoadas, além de queimar uma palma de Santa Luzia, para afastar todos os males. As novas tecnologias, como os para-raios, deixaram tudo isso para trás, inclusive perdemos o respeito pela nossa mãe natureza, como no caso do submergível Titan que desafiou o fundo do mar por um capricho pago em dólares.
Lembro que me contaram, quando era ainda bebê, que um raio cruzou nossa casa em Domingos Petrolini, queimando toda fiação de luz lá existente, que era ainda por baterias, alimentada por um catavento. Pois é, catavento, uma das inovações do mundo moderno que em 1950 já existia. Isso quer dizer que paramos no tempo e só agora nos demos conta do seu valor em oferecer uma energia limpa e renovável.
Aqui em Pelotas, como em outras regiões, as ONGs protetoras do meio ambiente, inclusive as secretarias municipais, criaram um corolário em que barba de bode, erva de passarinho e outras invasoras não devem ser retiradas das árvores hospedeiras. Uma bobagem tão grande que eu, que nem biólogo sou, refuto veementemente. Antigamente as Prefeituras, inclusive a secretaria que tive a honra de comandar, tinham um funcionário, no caso um arquiteto, e uma equipe que diariamente fiscalizava as praças e avenidas e mantinham elas livres de pragas invasoras, e podadas anualmente, dando segurança a quem utilizava sua sombra no verão e mostrava toda sua beleza e imponência nas outras estações. Se ainda nossos gestores mantivessem essa prática, o efeito do ciclone que nos assolou teria sido bem menor e não teríamos que noticiar casos como aquele do cidadão que morreu, quando um galho lhe caiu na cabeça na praça José Bonifácio, defronte a Catedral, enquanto lia em um banco sob aquela frondosa árvore, porém muito mal cuidada.
Hoje protegemos mais erva ruim e árvores exóticas, como aqueles manicás à beira das rodovias que podem esconder um carro acidentado, do que vidas humanas. Portanto vivemos num mundo cheio de contradições, onde perdemos o bom senso, acirramos nossos ânimos numa luta inglória por políticos corruptos que nem estão para nós e só olham seu próprio umbigo enquanto convergem o dinheiro de nossos impostos para paraísos fiscais do mundo afora. Brigamos hoje por justiça social em detrimento ao trabalho, como se o ócio fosse obrigado a ser remunerado ao invés de criarmos empregos. As minorias querem exercer o poder, como se todos que não pertencem a seus grupos fossem racistas, homofóbicos ou xenófobos, dando pano para a mídia todos os dias.
Que tal vivermos em paz? Paz de espírito, paz entre os homens de boa vontade e rezarmos para um ser supremo que muitos negam que exista, para que nos indique um caminho a seguir em que possamos viver fraternalmente, e que reconduza seu representante máximo aqui na terra para o cristianismo.
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